Cientistas descobriram um método para identificar pessoas propensas a desenvolver a doença de Alzheimer antes mesmo dos sintomas. O estudo abre caminho para melhora do diagnóstico e desenvolvimento de novos tratamentos.
Por ser uma doença degenerativa, que provoca a evolução crescente da perda de memória e da capacidade de realizar tarefas rotineiras, o Alzheimer, geralmente, é diagnosticado já em quadro avançado. De acordo com especialistas, o quadro clínico é confirmado principalmente quando surgem os lapsos de memória, mas a doença já se desenvolveu no organismo.
Pesquisadores das universidades norte-americanas de Massachussetts e de Harvard criaram um tipo de rastreamento genético que identifica variantes presentes no DNA com diferentes graus de proteínas.
De posse dessa análise, pontuaram quais delas tinham concentrações proteicas semelhantes às encontradas no sangue de pacientes com a doença desenvolvida. A análise revelou 28 tipos de proteínas associadas ao Alzheimer, algumas delas ainda não estudadas.
A doença é caracterizada pela perda de uma parcela dos neurônios, principalmente com o avançar da idade. Ela provoca situações de risco, como ficar desorientado e se perder na rua ao retornar à própria casa, ter comportamento impulsivo, dificuldade de planejar. Já os sintomas motores causam tremores nas mãos, dificuldade de caminhar ou manter o equilíbrio e, em grau severo, afetam a linguagem e a compreensão.