O Orçamento da Farmácia Popular está defasado em quase 2 bilhões de reais. Essa é a avaliação do Instituto Brasileiro de Saúde e Assistência Farmacêutica.
Para o ano que vem, o orçamento federal enviado para o Congresso previu para o programa 1 bilhão de reais. Montante que é insuficiente, nos cálculos do instituto, e representa uma defasagem da ordem de 1 bilhão e 800 milhões.
O valor previsto até o momento para o Farmácia Popular em 2023 é o menor destinado ao programa desde 2013.
Em valores correntes, ou seja, sem corrigir pela inflação, o ano que o Farmácia Popular recebeu mais verba foi em 2015: R$ 3,36 bilhões. Ano longo de todos esses anos, no entanto, a cifra nunca fora inferior a R$ 2,3 bilhões e, neste ano de 2022, para comparação, foi de pouco mais de R$ 2,5 bilhões.
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Ainda de acordo com o Instituto Brasileiro de Saúde e Assistência Farmacêutica, em 2021, o programa Farmácia Popular atendeu cerca de 20 milhões de pessoas, quase 9 milhões de atendimentos a menos do que o número registrado em 2015 – ano em que os recursos destinados ao programa bateram recorde.
Para a entidade, essa queda do número de pessoas atendidas tem ligação direta com a redução de investimento ao longo dos anos.
O Programa Farmácia Popular foi criado em 2004 e, atualmente, disponibiliza medicamentos gratuitos para o tratamento de doenças como diabetes, asma e hipertensão.
Além disso, também subsidia remédios para uma série de outros males, como rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma, por exemplo. Nesses casos o Ministério da Saúde paga parte do valor dos medicamentos e o cidadão paga o restante.
Vale lembrar que a proposta de Orçamento para 2023 foi enviada pelo governo de Jair Bolsonaro ao Congresso e ainda está em tramitação, o que significa que pode sofrer mudança – os valores destinados ao programa em questão, portanto, podem mudar.