Apenas nos primeiros seis meses do ano, as famílias do nosso país pagaram R$ 284,1 bilhões de juros, de acordo com um estudo pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo.
É um montante 18% superior ao que foi pago no mesmo período de 2020, por exemplo.
Fazendo outra comparação que evidencia o peso cada vez maior dos juros: no primeiro semestre de 2020, eles representaram 10,5% da renda das famílias.
Já entre janeiro e junho deste ano, essa proporção saltou para 12,6%.
Esse aumento dos juros pagos pelas famílias está diretamente ligado ao ciclo recente de alta da Selic, a taxa definida pelo Banco Central, que é considerada os juros referência da nossa economia.
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Como a Selic também é uma ferramenta fundamental no controle da inflação, que esteve muito alta, a autoridade monetária aumentou os juros ao longo dos últimos meses para tentar segurar os preços.
Selic
A Selic passou de 2% ao ano em março de 2021, para aos atuais 13,75% ao ano e, na prática, os brasileiros estão pagando uma das maiores taxas de juros real do mundo.
O pagamento de juros praticamente não movimenta a economia, já que não é destinado ao comércio, indústria ou serviços – são recursos que vão diretamente para o sistema financeiro.
Evitar pode ajudar você a manter as contas em dia. As principais dicas dos especialistas financeiros para isso é não atrasar o pagamento de contas, evite compras por impulso ou planejar as compras sem que seja necessário parcelar gastos com juros e, se não for possível, procurar as formas mais baratas de financiamento, evitando dívidas, por exemplo, no cartão de crédito, que tem cobrança de juros muito alta.