Um levantamento do Índice de Potencial de Consumo (IPC) Maps revelou que os gastos com saúde na Região Metropolitana de Campinas (RMC) aumentaram 20% este ano. De acordo com a pesquisa, as despesas estão relacionadas a medicamentos, curativos, planos de saúde, plano odontológico e outros serviços médicos.
A alta dos preços é sentida por toda a população, em especial pelas famílias com menor poder aquisitivo. Gabrielle Souza, de 32 anos, convive com uma doença rara que compromete os nervos e gasta a maior parte do salário de aposentadoria que recebe em medicamentos.
Ela descobriu a doença há seis anos. Desde então, convive com dores, fraqueza e utiliza uma bengala para se locomover. Toma vários remédios, mas o que mais pesa no bolso é justamente o que combate as dores.
“Acho que é uns 60%, 70% do que eu ganho”, diz. O medicamento genérico custa em torno de R$ 130, e são pelo menos duas caixas por semana.
R$ 8,5 bilhões
De acordo com a pesquisa do IPC Maps, o gasto médio com saúde em 2021 foi de R$ 7,1 bilhões. Neste ano, o valor saltou para R$ 8,5 bilhões.
O coordenador do estudo explica que o aumento dos custos na RMC é quase o dobro da média nacional.
“A questão da inflação interfere, e também a questão do envelhecimento da população. Porque quando você tem 50 anos, o custo de um seguro saúde é um. Quando você vai ficando mais velho, esse custo sobe exponencialmente”, explica o especialista.
Prevenção é economia
Já que contra a inflação não tem remédio, há quem decida investir na prevenção.
É o caso da educadora Raquel Oliveira. Ela, que já foi obesa, resolveu emagrecer para reduzir os riscos para a saúde. Atualmente com 54 anos, ela conta que viu a mãe falecer aos 44 anos por conta da obesidade.
“Eu tomei uma decisão, que era mudar meu estilo de vida. A minha alimentação, sair do sedentarismo. Eu não gasto com a saúde, para falar a verdade, graças a Deus. Eu gasto com passeio de esporte”, conta.
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