As tarifas de pedágio das rodovias da região de Campinas (SP) vão ter um reajuste nos valores a partir da meia-noite da sexta-feira (16). A alta vai variar, em média, de 10,5% a 11,8%. O aumento foi anunciado pelo Governo de São Paulo nesta quarta (14).
Os valores foram informados pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e começam a valer nas primeiras horas da sexta.
Novas tarifas para carros a partir de sexta-feira (16):
- Rodovia Anhanguera (SP-330) – Valinhos: sobe de R$ 10,50 pra R$ 11,70, 11,4% de aumento.
- Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) – Sumaré: era de R$ 9,30 evai para R$ 10,40, 11,8% de aumento.
- Rodovia Professor Zeferino Vaz – Paulínia: os dois pedágios (km 135,5 e km 132,5) foram de R$ 9,50 para R$10,60 e de R$ 13,20 para R$ 14,70, 11,5% e 11,3% de aumento.
- Rodovia Monsenhor Clodoaldo de Paiva (SP-147) Mogi Mirim: era R$ 8,60 e o novo valor será de R$ 9,60, 11,6% de aumento.
- Rodovia Santos Dumont (SP-075) – Indaiatuba: era de R$ 15,20 e foi para R$ 16,80, 10,5% de aumento.
- Rodovia Romildo Prado (SP-063) – Louveira (km 10,4): passa de R$ 2,10 para R$ 2,40, 14,2% de aumento.
Alguns percentuais variam mais ou menos nos praças de pedágio das concessionárias por causa do arredondamento dos valores a serem pagos.
Segundo a Artesp, terão pedágios reajustados as rodovias administradas pelas concessionárias: CCR Autoban, AB Colinas, Ecovias, Intervias, Renovias, CCR SPVias, Tebe, AB Triângulo do Sol, CCR ViaOeste, CART, Ecopistas, CCR RodoAnel, Rodovias do Tietê, Rota das Bandeiras, SPMar e ViaRondon e Tamoios e Entrevias.
Previsão era não reajustar
O anúncio surpreendeu, já que em junho passado o governador Rodrigo Garcia (PSDB) afirmou que não haveria aumento neste ano. Na época, ele disse que não considerava alterar os valores porque os motoristas já estavam gastando muito com a alta dos preços da gasolina, do etanol e do diesel.
“Diante da alta desenfreada dos preços, principalmente dos combustíveis, é impensável onerar o bolso dos paulistas”, comunicou o governador na ocasião, em rede social. Desde então, mudanças ocorreram.
Em agosto o Governo de São Paulo assinou um aditivo com as empresas concessionárias se comprometendo a aumentar os valores. Agora, Garcia afirmou que não quer deixar o problema para a próxima gestão, a do governador eleito Tarcísio de Freitas (PL), a partir de 1º janeiro de 2023.
“Nós tivemos um esforço, que foi de São Paulo e foi de vários estados brasileiros, para que se evitasse o aumento dos custos de vida naquele momento. Isso foi feito, o governo de São Paulo bancou, portanto, esse não-reajuste de julho para cá, e pessoalmente eu sou um homem responsável. Eu não acho justo deixar isso para a próxima gestão. Portanto, estou assumindo, agora, o reajuste da tarifa de pedágios neste mês de dezembro para não passar problema para a gestão futura”, disse Garcia.