Nesta quinta-feira, (5), morreu o surfista das ondas gigantes, Márcio Freire, aos 47 anos. O brasileiro sofreu um acidente ao descer de um dos “paredões” da praia do Norte, em Nazaré, Portugal, e não resistiu. Segundo informações da imprensa portuguesa, esta é a primeira morte no local.
O resgate de Márcio para a praia ocorreu por meio de um jet ski, entretanto, já em parada cardio-respiratória. “Lamentavelmente, nenhuma das manobras de suporte de vida teve sucesso, acabando o óbito por ser declarado no local.” Afirmou Mário Lopes Figueiredo, comandante da Capitania de Nazaré.
O brasileiro é considerado uma lenda das ondas gigantes, rodando o mundo através do esporte que amava. Marcos Freire, no entanto, atuou longe dos circuitos profissionais, em 1998, desembarcou em Maui, no Havaí, sendo um dos primeiros a se desafiar em Jaws na remada.
O surfista era um dos integrantes do trio apelidado de “Mad Dogs” (Cachorros Loucos). A trinca baiana, que tinha ainda Danilo Couto e Yuri Soledade, que juntos desafiavam ondas gigantes livremente, em tempos de poucos equipamentos de segurança. A história do trio virou até mesmo um documentário, sendo assim, uma das poucas vezes em que Márcio Freire ganhou dinheiro no esporte.
Nunca vivi do surf, nunca ganhei dinheiro com surf; tive pouquíssimas vezes, contadas no dedo, dinheiro que veio do surf, que foi em 2015, tomei uma das maiores vacas, ganhei 1000 dólares; e quando rolou nosso documentário dos Mad Dogs que ganhei um dinheiro; eu também tinha uns apoios ali, mas era mais soul surfer mesmo e não ligava muito.. E como as empresas nos EUA não iam patrocinar um brasileiro e eu estava fora do Brasil, era mais difícil de negociar, e eu também não corria muito atrás porque estava me bancando, vivendo minha vida, e era aquilo mesmo, trabalhar pra me autosustentar e me autopatrocinar.”
Declarou Márcio Freire ao canal “Let’s Surf”, em uma de suas entrevistas