A Rede de Saúde Integrada Dasa identificou o primeiro caso da XBB.1.5, ramificação da variante ômicron da Covid-19, em uma paciente de Indaiatuba (SP). A coleta da amostra ocorreu em novembro de 2022 e, segundo a assessoria da instituição, a Vigilância Sanitária Estadual de São Paulo foi notificada nesta quinta-feira (5) sobre o caso. Veja abaixo detalhes e posição do governo.
Dasa destacou que este foi o único caso da subvariante XBB.1.5 identificado, e que a paciente tem 54 anos. Detalhes sobre o estado de saúde, contudo, não foram informados.
“A Dasa, através do seu projeto de monitoramento genômico do vírus SARS-Cov-2, o Genov, identificou em uma amostra de novembro de 2022. A paciente é de Indaiatuba/SP […] A Vigilância Sanitária Estadual de São Paulo já foi notificada, assim como a amostra se encontra no GISAID, o repositório mundial de sequenciamento”, destaca nota da instituição.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que a XBB.1.5 tem uma “vantagem de crescimento” sobre outras subvariantes identificadas até o momento, mas reforçou que não há indicação de que ela seja mais grave ou prejudicial do que as variantes anteriores.
“A coleta foi feita em um dos laboratórios da rede Dasa. O tempo entre a coleta e a comunicação existe pois é preciso fazer o sequenciamento genético das amostras e isso demanda tempo”, diz nota da assessoria da rede de saúde.
O que é a XBB.1.5?
A ramificação da variante ômicron é a dominante no mundo atualmente. Ela superou as variantes anteriores de coronavírus — Alfa, Beta, Gamma e Delta — desde que surgiu no final de 2021.
Pesquisas indicam que os sintomas são semelhantes aos das cepas anteriores e que a maioria das pessoas infectadas apresenta sintomas semelhantes aos do resfriado. A XBB.1.5 evoluiu da XBB, que começou a circular no Reino Unido em setembro do ano passado.
Em novembro de 2022, o governo de Pernambuco confirmou que a subvariante XBB já circulava no estado. No mesmo mês, a Rede de Alerta das Variantes, coordenada pelo Instituto Butantan, havia detectado pela primeira vez no Brasil duas outras sublinhagens da ômicron: a XBB.1 e a CK.2.1.1.
O que dizem o estado e a prefeitura?
A Secretaria de Estado da Saúde destacou que mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o território estadual.
“A confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético e, no momento, um caso da variante XBB.1.5 foi confirmado por um laboratório particular e está sob acompanhamento junto ao município de origem”, diz nota da assessoria.
Além disso, a pasta alegou que o comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos por conta de fatores demográficos e climáticos, por exemplo, e que a Vigilância estadual, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), monitora, acompanha e auxilia nas investigações, em tempo real, sobre todas as “variantes de preocupação”.
“As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel); e a vacinação”, diz texto.
Já a prefeitura, por meio de assessoria, explicou que até o momento a Secretaria Municipal da Saúde não foi notificada oficialmente sobre o caso e que buscará informações sobre a pesquisa.