Brasileiro continua usando cada vez menos cheque para pagar por produtos e serviços.
Segundo dados divulgados pela Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, com base no Serviço de Compensação de Cheques, foram compensados, entre janeiro de dezembro de 2022, 202 milhões e 800 mil documentos.
Esse total é 7,3% inferior ao registrado em 2021.
Quando a comparação é com 1995, aí a queda no uso fica evidente e até impressiona: é de 94%.
Naquele ano, o primeiro da série histórica da Febraban, foram compensados 3 bilhões e 300 milhões de cheques.
A queda acentuada no uso de cheques no Brasil reflete o avanço dos meios de pagamento digitais, como a internet, o mobile banking e a criação do Pix.
Atualmente, os meios digitais correspondem a aproximadamente 7 de cada 10 transações financeiras feitas no país.
Mas há um aspecto interessante nos dados divulgados pela Febraban: apesar da redução do número dos cheques compensados em 2022, o total do volume financeiro dos documentos praticamente não mudou entre 2021 e 2022: variou de R$ 667 bilhões para R$ 666,8 bilhões entre um ano e outro – o que mostra que o cheque tem sido usado para transações de valores mais altos.
E uma prova disso, inclusive, é que o valor médio do cheque aumentou: passou de R$ 3.046,52, em 2021, para R$ 3.257,88 no ano passado.