Chegou a data mais romântica do calendário brasileiro. Diferentemente da Europa e dos Estados Unidos, onde o chamado “Valentine’s Day” (ou Dia de São Valentim) se comemora em 14 de fevereiro, por aqui, o dia dos apaixonados é celebrado em 12 de junho, e o motivo é puramente comercial.
A ideia partiu do publicitário João Doria, pai do ex-prefeito de São Paulo João Doria Jr. Em 1948, sua agência Standart Propaganda foi procurada pela loja Exposição Clipper para tentar aumentar as vendas do mês de junho, que andavam às minguas.
Inspirado pelo sucesso comercial do Dia das Mães, Doria sugeriu então a criação de um nova data comemorativa para trocar presentes. Para completar, o dia escolhido foi a véspera da celebração do popular Santo Antônio, o santo casamenteiro.
Além de instituir uma celebração nacional que já dura mais de 70 anos, a propagando também foi considerada como a melhor do ano pela Associação Paulista de Propaganda. Slogans como “Não é só com beijos que se prova o amor!” e “Não se esqueçam: amor com amor se paga” marcavam o primeiro Dia dos Namorados brasileiro.
Atualmente, o Dia dos Namorados é a sexta data comemorativa mais importante do varejo, em termos de movimentação financeira, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 2021, a data movimentou R$ 2,56 bilhões em vendas, e a expectativa é que, neste ano, o valor atinja R$ 2,49 bilhões.
Dia de São Valentim
Enquanto o dia dos apaixonados entrou para o calendário dos brasileiros apenas nos anos 1940, na Europa e nos Estados Unidos, o Valentine’s Day remonta do século III. A história mais popular acerca de São Valentim é de que ele era um bispo de Roma que foi preso e condenado à morte por realizar casamentos clandestinos.
Segundo o relato, o imperador Claudio II (214- 270 d.C.) havia proibido as uniões por acreditar que os homens solteiros, sem qualquer responsabilidade familiar, eram melhores soldados. Mas o religioso defendia que o casamento era parte do plano de Deus e se empenhou em realizar sigilosamente os matrimônios, até ser descoberto e sentenciado à morte.
Na prisão, chegou a recebeu flores e cartas dos casais agradecendo por realizar seus casamentos, e o próprio se apaixonou pela filha de um dos carcereiros. No dia de sua execução, em 14 de fevereiro, o bispo escreveu uma carta de despedida à amada, assinando: “De seu Valentim”. Foi daí que nasceu a prática de enviar cartões de amor para a pessoa amada no dia 14 de fevereiro.
Mais de 200 anos depois, no ano de 496, Valentim teve seus feitos reconhecidos pelo Papa Gelásio, que o declarou santo e transformou-o em um símbolo dos casais apaixonados.