Algumas pessoas se sentem mais vulneráveis às picadas de mosquito. A suspeita é verdadeira e tem explicação científica: pessoas mais atrativas para os mosquitos produzem um nível mais alto de ácidos carboxílicos.
O resultado foi obtido após um estudo do Laboratório de Neurogenética e Comportamento da Rockefeller University, nos Estados Unidos, que foi exibido no Jornal Nacional. O Aedes aegypti se sente atraído pelo odor que esses ácidos produzem.
“Na antena do mosquito, ele tem algumas moléculas que são capazes de reconhecer, de sentir os odores; são receptores. Eles entendem que existe uma pessoa ali perto. Isso também pode acontecer, por exemplo, com a secreção de gás carbônico durante a respiração e esses mosquitos, então, se orientam e eles preferem essas pessoas que estão secretando ácido carboxílico e respirando ali naquela região”, explica Anderson de Sá Nunes, professor associado do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
O estudo americano foi feito em um olfatômetro, uma caixa plástica onde os mosquitos são soltos, e confirmou, ao longo de meses, a preferência pelos mesmos candidatos. Todos eles produziam um número maior de ácido carboxílico.
Ser “ímã de mosquitos” é uma característica física, possivelmente genética, que vai acompanhar a pessoa durante toda a vida. Os estudos, feitos ao longo de meses, mostraram que voluntários preferidos ou preteridos continuaram assim, não importa que roupa usassem, o que comessem ou bebessem.
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