O Ministério da Educação, o MEC, informou nesta sexta-feira, (28), que um total de 605 cursos de licenciatura do Brasil, que passaram por avaliação em 2021, têm qualidade considerada insatisfatória. Isso equivale a 8% do total da área. São tais graduações, como matemática, pedagogia, história, letras, física ou química, que formarão os professores do futuro.
Para chegar a estas conclusões, a pasta levou em conta o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC), que são como critérios de avaliações das graduações e instituições de ensino. Estes índices servem para o MEC fiscalizar a qualidade dos cursos e ter dados para formular programas nacionais de educação. Dessa forma, o CPC utiliza os seguintes critérios de análise:
- desempenho dos alunos no Enade 2021 (prova feita no início e no fim da graduação);
- a formação dos professores (se são mestres e doutores, por exemplo, e se trabalham em regime de dedicação exclusiva)
- e a percepção dos estudantes sobre o próprio curso.
O Índice Geral de Cursos (IGC), por sua vez, faz uma avaliação mais ampla, considerando a qualidade da instituição de ensino como um todo. Para isso, os critérios utilizados são: o CPC (explicado acima) dos últimos três anos, além de avaliações de mestrado e doutorado.
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A maior preocupação do MEC são os cursos de licenciatura, uma vez que, em 2021, foram avaliados 17 cursos de formação de professores. Em todos eles, o desempenho dos estudantes ficou abaixo de 50, em uma escala de 0 a 100.
O curso que obteve a nota mais baixa foi o de licenciatura em ciência da computação, que teve a média nacional de 30,6. Por outro lado, artes visuais contou com a média nacional mais alta entre os mesmos 17, totalizando uma pontuação de 45. Em resumo, passaram pela avaliação 7.512 cursos: sendo 4.750 de licenciatura, 2.020 de bacharelado e 742 tecnológicos.