Recentemente, a FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos aprovou mais uma técnica de transplante de fezes para o tratamento de infecções recorrentes causadas pela bactéria C. difficile. Essa infecção é considerada um grande problema de saúde pública, principalmente devido à sua alta recorrência em pacientes que já apresentaram o quadro uma ou duas vezes.
Essa nova técnica consiste na administração de cápsulas contendo a microbiota fecal de um doador saudável, que tem como objetivo restaurar a flora intestinal do paciente infectado. Acredita-se que a reintrodução de bactérias benéficas no sistema digestivo possa prevenir novos episódios de CDI.
Embora seja uma opção promissora, a técnica de transplante fecal ainda apresenta alguns efeitos colaterais, como inchaço abdominal, cansaço, constipação, calafrios e diarreia. No entanto, os benefícios do tratamento parecem superar esses riscos.
Vale lembrar que essa não é a primeira técnica de transplante de fezes a ser aprovada pela FDA. Em dezembro do ano passado, a agência reguladora já havia aprovado o método da empresa suíça Ferring Pharmaceuticals, chamado de Rebyota, que consiste no uso de um enema para administrar a microbiota fecal.
A aprovação dessas técnicas é uma boa notícia para os pacientes que sofrem com infecções recorrentes por C. difficile, uma vez que o tratamento convencional se torna menos eficaz a cada novo episódio da doença. Com essas opções de transplante fecal disponíveis, espera-se que seja possível reduzir a recorrência da infecção e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados.