Na última segunda-feira (8), a música brasileira perdeu uma de suas maiores representantes, Rita Lee. Aos 75 anos, a cantora e compositora faleceu em sua casa em São Paulo, cercada pela família, após lutar contra um câncer de pulmão diagnosticado em 2021.
A notícia foi divulgada pela família da artista nas redes sociais, que também informou sobre o velório aberto ao público que acontecerá no Planetário do Parque Ibirapuera na quarta-feira (10), das 10h às 17h.
Rita Lee foi uma das personalidades mais importantes da música brasileira e deixou uma marca indelével em sua história. Ela foi uma das artistas que ajudou a incorporar a revolução do rock à explosão criativa do tropicalismo, que marcou a década de 1960 no Brasil.
Sua trajetória musical começou quando ela tinha apenas 16 anos e integrava um trio vocal feminino, as Teenage Singers. A partir daí, a cantora começou a trilhar sua carreira e, em 1966, formou a banda Os Mutantes, juntamente com Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. O grupo se tornou referência no tropicalismo e é considerado um dos mais importantes da música brasileira, sendo idolatrados por artistas renomados como Kurt Cobain, David Byrne, Jack White e Beck.
Rita Lee fez parte dos Mutantes no período mais relevante e criativo da banda, de 1966 a 1972. Nesse período, ela gravou cinco álbuns que marcaram a história da música brasileira. Após o fim do relacionamento com Arnaldo Baptista, Rita deixou a banda e iniciou sua carreira solo.
Sua carreira solo começou a tomar forma com o grupo Tutti Frutti, no qual gravou cinco álbuns. A partir de 1979, ela começou a trabalhar em parceria com o marido Roberto de Carvalho, o que consolidou sua carreira como cantora e compositora de pop-rock.
Entre seus álbuns mais bem-sucedidos estão “Rita Lee” (1979), que conta com sucessos como “Mania de Você”, “Chega Mais” e “Doce Vampiro”, e “Rita Lee – Lança Perfume” (1980), que inclui as músicas “Lança Perfume” e “Baila Comigo”. Ao longo de sua carreira, ela foi uma das principais referências de criatividade e independência feminina, sendo chamada de “padroeira da liberdade”.
O legado de Rita Lee é enorme e suas músicas marcaram gerações, continuando a inspirar artistas e fãs de todas as idades. Sua morte representa uma grande perda a música nacional.