As reuniões de alto nível do G7 estão programadas para iniciar nesta sexta-feira (19) na cidade de Hiroshima, no Japão, e se estenderão até o próximo domingo (21). O G7 é composto pelas sete nações mais industrializadas do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Além desses países, outros oito foram convidados para participar do encontro: Brasil, Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Vietnã. Essa será a sétima vez que o ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, participará das reuniões do G7 como convidado, sendo convidado este ano pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.
O encontro contará com a presença de representantes de organizações importantes, como a Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Agência Internacional de Energia (AIE), a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a União Europeia (UE).
Um dos principais temas a serem discutidos durante a cúpula é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O G7 vê esses eventos como uma ameaça à ordem internacional e se opõe firmemente ao uso de armas nucleares que possa ocorrer entre esses países. O grupo continuará promovendo sanções contra a Rússia e apoio à Ucrânia, considerando a guerra no leste europeu como um desafio ao Estado Democrático de Direito.
O Brasil, por sua vez, expressou preocupação com os termos utilizados no documento final, especialmente em relação a possíveis penalidades à Rússia. O governo brasileiro não deseja participar de um requerimento que adote uma postura hostil em relação ao país. Há também o temor de que a linguagem utilizada pelo G7 possa pressionar por decisões mais duras na ONU.
Além da questão Rússia-Ucrânia, a cúpula abordará outros assuntos relevantes, como a ascensão da China e a imprevisibilidade russa, que são vistos como ameaças à ordem mundial do pós-guerra. Os líderes do G7 estão preocupados com as políticas econômicas coercitivas da China e seu rápido avanço tecnológico, bem como as ameaças frequentes da Rússia em relação ao uso de armas nucleares.