O período para a entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2023 está chegando ao fim, e os contribuintes têm até 31 de maio para reunir os rendimentos do ano-base de 2022 e acertar suas contas com o Leão.
O Ministério da Fazenda afirma que a expectativa da Receita é receber cerca de 39,5 milhões de documentos. Na hora de preencher a declaração, toda atenção é necessária para evitar cair na temida malha fina.
Pode parecer um bicho de sete cabeças quando nos deparamos com as diversas fichas de IRPF, mas vamos te explicar as principais informações sobre o tema e daremos algumas dicas para simplificar o processo!
Quem precisa declarar e as novidades do IRPF 2023
A declaração é obrigatória para pessoas com rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 ou rendimentos isentos superiores a R$ 40 mil – isso inclui salários, aposentadorias, aluguéis, pensões, empréstimos, benefícios como FGTS e seguro-desemprego.
Outros critérios também são considerados, como: ganho de capital na alienação de bens ou direitos; ter optado pela isenção de IR de ganho de capital na venda de imóveis, seguido da compra de outro em até 180 dias; receita bruta anual na atividade rural maior que R$ 142.798,50; e bens e direitos avaliados na soma de mais de R$ 300 mil.
A novidade para 2023 está relacionada com investimentos, pois quem operou na Bolsa de Valores, futuro, mercadorias e assemelhadas, e obteve um lucro maior que R$ 40 mil ou com apuração de ganhos líquidos sujeito à tributação em 2022 precisa comprovar.
Dicas importantes para a reta final
1. Se organize
Comece separando os informes de rendimento de bancos e os documentos obrigatórios, que são: RG; CPF; título de eleitor; comprovante de residência e de atividade profissional; dados bancários para débito ou restituição do IR; documentos de dependentes; comprovantes de outras rendas (aposentadoria, pensão, herança, doação, previdência, etc.).
2. Tenha o controle dos seus investimentos e registre tudo
O fácil acesso ao fechamento de investimentos, proventos recebidos, aquisição de ativos e outras ações evitará possíveis erros na contabilização. Mantenha o hábito de ter tudo documentado e organizado.
3. Atenção às notas de corretagem
Quando você vende ou compra algum ativo relacionado à Bolsa de Valores, uma nova nota de corretagem é gerada pelo seu CPF, para diferenciar e monitorar todas as operações realizadas no dia. Algumas dessas informações são primordiais para a declaração de IR, como:
Total de despesas operacionais; Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF); valor dos negócios (incluindo lucro ou prejuízo anterior ao desconto das taxas e IRRF); montante total líquido e total líquido da nota (também com informações prévias aos descontos de taxas e IRRF).
4. Não deixe para a última hora
A declaração do IRPF é uma obrigação legal, portanto é importante que seja feita dentro do prazo. “O ideal é não correr o risco, pois, se a pessoa esquecer, ela precisará arcar com uma multa de, no mínimo, R$ 165,74 ou até 20% do valor do Imposto de Renda”, recomenda Regina Gomes de Moura, analista contábil.
Para pessoas com o IR muito complexo ou que deixaram para a última hora, a especialista, graduada na faculdade de contabilidade, pós-graduada em Estratégia Empresarial e em Perícia Contábil, esclareceu que é possível optar pela declaração pré-preenchida devidamente revisada para cumprir o prazo, e depois entregar outra declaração retificadora com a orientação de um profissional.