Nesta segunda-feira (19), o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) divulgou um levantamento em que mostra a queda no número de mortes em acidentes de trânsito causadas pela mistura de álcool e direção em 32% no Brasil entre 2010 e 2021. Contudo, o mesmo estudo mostra um aumento do índice de internações em 34% no mesmo período. Nesta data de 19 de junho de 2023, a Lei Seca completa 15 anos em vigor no país.
A mistura de bebida alcoólica com direção causou 8,7 internações e 1,2 mortes por hora no Brasil em 2021, segundo levantamento recente da entidade. Para se ter noção, em 2021, foram 36 hospitalizações e 5 óbitos a cada 100 mil habitantes. Anteriormente, em 2010, esse número era de era de 7 mortes e 27 internações a cada 100 mil habitantes. No total, de acordo com o levantamento, foram 75.983 hospitalizações e 10.887 óbitos por essa causa em 2021.
Ainda segundo a pesquisa, pessoas do sexo masculino representam 85% das internações e 89% das mortes relacionadas com a mistura de álcool e direção. Falando na faixa etária, pessoas entre 18 e 34 anos de idade são as mais afetadas. Dessa forma, a Lei Seca, endureceu as regras para o consumo de álcool por motoristas, adotando a tolerância zero no Brasil. Inclusive, o país é um dos poucos lugares do mundo a adotar tal medida.
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“Ter uma legislação que proíba álcool e direção é uma das estratégias mais eficazes para diminuir acidentes de trânsito no mundo e o fato de que eles vêm perdendo consideravelmente sua letalidade no Brasil é muito positivo”, disse Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do CISA. De acordo com a entidade, cerca de 5,4% dos brasileiros relataram dirigir após beber e esse índice apresenta estabilidade no Brasil. “Em pequenas quantidades, o álcool já é capaz de alterar os reflexos do condutor e, conforme a concentração de álcool no sangue se eleva, aumenta também o risco de envolvimento em acidentes de trânsito graves”, explicou Guerra.