Nesta semana, surgiu um impasse que afeta o andamento da obra artística na Basílica de Aparecida (SP) devido à expulsão do padre jesuíta esloveno, Marko Ivan Rupnik, acusado de abusos sexuais na Europa. O religioso de 68 anos liderava revestimento dos mosaicos externos da basílica, cobrindo 15 mil metros quadrados.
As obras tiveram início em 2019, sob a supervisão de padre Rupnik, por meio do Centro Aletti, um ateliê por ele fundado. Entretanto, em fevereiro deste ano, a Companhia de Jesus o proibiu de atividades em obras públicas, devido às investigações. Conclusão do projeto artístico em xeque, já que sem liderança do pároco esloveno, gera incertezas sobre o procedimento a seguir.
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Até março de 2022, a equipe concluiu apenas um dos quatro mosaicos, abrangendo 4 mil metros quadrados e com cerca de 50 metros de altura, e os fiéis podem admirá-lo na entrada norte da Basílica de Aparecida. Os demais mosaicos, que também retratam cenas de uma jornada bíblica, ainda estão pendentes de conclusão, gerando incertezas sobre seu destino.
O Santuário Nacional, responsável pela Basílica, aguarda orientações da Igreja para prosseguir com a obra. No entanto, representantes legais do padre Rupnik não foram localizados para comentar sobre as acusações.
Enquanto isso, o Centro Aletti, que está sob a mira das acusações contra o padre, defende-o veementemente, afirmando que as alegações são difamatórias e não possuem comprovação.
O caso tem chamado atenção da comunidade religiosa e artística do país. Levantando questionamentos sobre como prosseguir com a conclusão dos mosaicos sem o envolvimento do padre Rupnik. Os fiéis católicos veem a Basílica de Aparecida como um importante marco. Em suma, consideram a obra dos mosaicos como um projeto de grande significado artístico e religioso.
Por fim, a definição final do futuro do padre no projeto e das obras dos mosaicos aguarda decisão das autoridades eclesiásticas, sob olhar atento da comunidade.