Na quarta-feira, um trágico acontecimento abalou a cena política equatoriana, quando Fernando Villavicencio, candidato à Presidência pelo Movimento Construir, foi alvejado várias vezes após um comício no Anderson College, em Quito, a capital do país. Notícias do assassinato se espalharam. Ministério do Interior e presidente Lasso confirmaram o ocorrido em comunicados emocionados nas redes sociais.
“Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, garanto-vos que este crime não ficará impune”, declarou Lasso em seu perfil na rede social X, previamente conhecida como Twitter.
Logo após a confirmação da morte, principais concorrentes suspenderam atividades de campanha em respeito à tragédia política.
O presidente Lasso convocou uma reunião extraordinária do Gabinete de Segurança da Presidência da República. Participantes incluem a presidente da CNE, Diana Atamaint; então a Procuradora-Geral do Estado, Diana Salazar; e o Presidente da Corte Nacional de Justiça, Iván Saquicela.
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As redes sociais logo se encheram de imagens angustiantes, capturando o momento do ataque a Villavicencio. Os vídeos mostram o candidato deixando o Anderson College, assim acompanhado por sua comitiva e apoiadores, quando tiros irrompem, gerando caos e pânico.
Fernando Villavicencio era uma figura proeminente na corrida presidencial equatoriana, ocupando uma posição que variava entre a segunda e a quinta nas pesquisas de opinião. No entanto, as análises das tendências eleitorais do país não são tão precisas quanto em nações vizinhas como Argentina, Uruguai e Brasil, que possuem institutos com histórico de maior acerto.
Em junho, o Celag situou Villavicencio em 4º, com 8% das intenções, assim então atrás de González (30%), Sonnenholzner (13%) e Pérez (11%).
Já a Cedatos, aprovada pelo CNE equatoriano, em segundo, com 13,2%, atrás de Gonzáles (26,6%) e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%).
Por fim o pleito está marcado para o dia 20, ocorrendo de maneira antecipada após o presidente Lasso declarar a chamada “morte cruzada”, que dissolveu a Assembleia Nacional e encurtou seu próprio mandato. Abalando as bases democráticas do país, a tragédia de Villavicencio deixa uma marca sombria na política equatoriana.