O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou a imposição de estado de emergência zoossanitária por um período de 180 dias, em resposta à disseminação da gripe aviária (H5N1) no país. Essa ação se tornou primordial após os primeiros casos da doença terem sido oficialmente confirmados em solo brasileiro no último dia 15.
No Diário Oficial desta terça-feira (15), a decisão tomada pelo governador ganhou destaque. Vale ressaltar que o Ministério da Agricultura e outros estados já haviam adotado essa medida proativa para lidar com a situação. O objetivo central de tal declaração é evitar a rápida propagação da doença entre os animais, mantendo, assim, a saúde do ecossistema em cheque.
O governo aciona a emergência zoossanitária quando há a possibilidade de uma doença se espalhar entre os animais, o que lhe confere a capacidade de adotar medidas preventivas contra possíveis surtos. Ainda que as preocupações em torno da saúde humana estejam em pauta. O importante é enfatizar que o foco atual repousa na prevenção da gripe aviária nas granjas e nas aves de criação. Para assim evitar impactos na oferta de carne e ovos.
Ainda não caracterizaram a situação como um alerta de saúde humana, apesar de reconhecerem a importância da precaução devido à capacidade de transmissão da doença para seres humanos. O principal desafio é impedir a contaminação nos setores de criação de aves para alimentação, já que a infecção pode se espalhar entre os animais de forma veloz e devastadora.
A disseminação dessa enfermidade resultaria na necessidade de sacrificar as aves afetadas, o que inevitavelmente afetaria a produção de carne de frango e ovos, gerando impactos econômicos.
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Ao emitir o estado de emergência zoossanitária, o governo agiliza os procedimentos para lidar com a doença. Isso inclui a contratação de profissionais por prazo determinado, a simplificação da burocracia para aquisição de equipamentos e a realocação de servidores entre estados. Segundo Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), esse movimento visa a contenção eficaz do vírus.
Vale ressaltar que o Brasil permanece categorizado como território livre de infecção pelo vírus da influenza aviária, dado a ausência de diagnósticos nas criações avícolas. Nesse contexto, é essencial reforçar as medidas de biossegurança em aviários para prevenir a propagação da doença.
Embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) avalie o risco de contágio humano como baixo, a importância das ações preventivas é inegável. A circulação constante do vírus entre as aves pode desencadear mutações, potencialmente tornando-o mais contagioso para seres humanos.
Por fim, as infecções ocorrem por meio do contato com aves infectadas, sejam elas vivas ou mortas. Diante disso, é crucial desencorajar o manuseio e a coleta de aves doentes.