A técnica Pia Sundhage foi demitida do comando da seleção brasileira feminina. Dessa forma, a sueca de 63 anos deixa o cargo cerca de um mês após a eliminação precoce do Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia.
Desde agosto de 2019 à frente da seleção feminina, Pia deixa o cargo com 57 jogos disputados, 34 vitórias, dez derrotas e 13 empates. A última partida foi, o 0 a 0, em Melbourne, que decretou a eliminação brasileira na Copa. Sendo assim, o Brasil terminou em terceiro no Grupo F, com quatro pontos, atrás de Jamaica e França. A queda marcou a despedida da camisa 10 Marta dos Mundiais.
Ela tinha contrato até o fim dos Jogos Olímpicos de Paris, em agosto de 2024, no entanto, a CBF decidiu encerrar o vínculo. Junto com a treinadora, deixam a seleção seus auxiliares Lilie Persson e Anders Johansson, e a observadora técnica Ann-Helen Grahm, todos também suecos.
Vale citar, no entanto, que a saída de Pia faz parte de uma ampla reformulação do futebol feminino na CBF. Após a Copa, houve demissões em toda a estrutura administrativa do futebol feminino, incluindo até mesmo as divisões de base, com as saídas da coordenadora de seleções, Ana Lorena Marche; a supervisora da seleção principal, Mayara Bordin; o técnico da seleção sub-20, Jonas Urias, e sua auxiliar Bia Vaz; e a assessora de imprensa, Laura Zago.
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Além do fracasso na Copa, sob o comando de Pia Sundhage a seleção feminina tem uma eliminação nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. A sueca vinha de três finais olímpicas em sequência, com dois ouros com os Estados Unidos (Pequim-2008 e Londres-2012). Além de uma prata com a Suécia (Rio-2016). Apesar de chegar com bagagem, o único título de Pia à frente da equipe foi no passado, quando o Brasil conquistou a Copa América. A conquista garantiu a classificação para os Jogos Olímpicos de Paris.