O brasileiro Filipe Toledo conquistou, no último sabádo (9), o bicampeonato da Liga Mundial de Surfe (WSL, pela sigla em inglês). Paulista de Ubatuba, o surfista de 28 anos venceu a etapa final do circuito (WSL Finals), que aconteceu nos Estados Unidos. Na decisão, ele bateu o australiano Ethan Ewing duas vezes, em uma melhor de três baterias, para ficar com o título.
A conquista de Filipinho, como é conhecido, mantém a hegemonia do Brasil no principal circuito de surfe do planeta. Já que 2014 para cá, quando Gabriel Medina foi campeão mundial pela primeira vez, o país esteve sete vezes no topo em nove disputas. As exceções, por outro lado, foram em 2016 e 2017. Em resumo, desde 2018, o título fica com um brasileiro.
Apesar do feito de Filipinho, Medina segue como surfista do país com mais títulos mundiais, totalizando três conquistas. Além dele e de Filipinho, Adriano de Souza (Mineirinho) e Ítalo Ferreira também foram campeões mundiais.
O WSL Finals reuniu os cinco melhores surfistas da temporada. Sendo dois brasileiros: Filipinho e o carioca João Chianca, o Chumbinho. No entanto, como chegou à Lower Trestles na liderança, o paulista não precisou disputar as baterias preliminares e foi direto para a final.
Chumbinho estreou derrotando o australiano Jack Robinson. Na soma das duas melhores notas que obteve na bateria, ele fez 15.33 pontos (8.33 e 7.00), contra 11.87 (6.00 e 5.87) do adversário. O carioca, porém, não resistiu a Ewing, que conseguiu notas 8.60 e 9.00 logo nas primeiras ondas e garantiu 17.60 de pontuação, Enquanto isso, o brasileiro somou 14.57 (6.67 e 7.90). Chumbinho terminou a temporada em quarto lugar. Na sequência, Ewing deixou para trás o norte-americano Griffin Colapinto, avançando à decisão.
Veja também:
- É Penta! Corinthians vence Ferroviária e leva o Brasileiro Feminino pela quinta vez
- Subtenente da PM de Capivari vence ultramaratona de 60 km
Na primeira bateria da final, Filipinho e Ewing travaram uma disputa equilibrada, com notas altas. Com duas manobras aéreas perfeitas, o brasileiro conseguiu um 9.00 e um 8.97, com 17.97 de somatória, pouco superior aos 17.23 (8.73 e 8.50) do australiano, saindo na frente no confronto.
Entretanto, a falta de ondas dificultou a vida dos surfistas, que levaram quase 20 minutos para começar a pontuar na bateria seguinte. Mesmo assim, Filipinho buscou um 7.50 e colocou pressão em Ewing. Além disso, o paulista também obteve um 6.77. O australiano até conseguiu a melhor pontuação da bateria (7.67), mas como a segunda melhor nota foi baixa (4.70), a somatória (12.37) ficou atrás do brasileiro (14.27), que pôde, enfim, celebrar o título.
Olimpíada:
Em 2024, além de buscar o tricampeonato, Filipinho será um dos representantes do Brasil na Olimpíada. Apesar de o evento ser em Paris, na França, a modalidade será em Teahupo’o, no Taiti. Além dele, o Brasil também terá Chumbinho entre os homens. Ainda existe a possibilidade de uma terceira vaga, isso, se o país for campeão por equipes no Campeonato Mundial da Associação Internacional de Surfe (ISA, pela sigla em inglês). Neste caso, ela ficaria com Gabriel Medina, como terceiro melhor brasileiro na temporada da WSL.
Entre as mulheres, Tatiana Weston-Webb já tem vaga nos jogos. Assim como no masculino, o Brasil pode ganhar uma segunda vaga na disputa feminina se for campeão por equipes no Mundial da ISA. Sendo assim, Luana Silva pode ficar com esse lugar extra em Paris 2024.