2023 terá um total de quatro eclipses, sendo dois lunares e dois solares. Um de cada já aconteceu no primeiro semestre, e os próximos ocorrem em outubro: um do Sol no dia 14 e um da Lua no dia 28.
De acordo com o Almanaque Astronômico Brasileiro, o primeiro evento será um eclipse solar anular, também chamado de Anel de Fogo. Esse fenômeno acontece quando a Lua cobre o centro do Sol, mas deixa um círculo de luz visível em seu entorno.
Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON) e gestora da Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência (DICOP) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), esse tipo de eclipse ocorre quando a Lua está mais próxima do apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra. Nesse momento, ela parece menor do que o Sol no céu, o que provoca o “anel de fogo” visível durante o eclipse.
Embora eclipses anulares do Sol não sejam raros, eles são visíveis dessa forma em apenas uma faixa estreita da Terra. E numa faixa maior é visto como parcial. O mesmo ocorre com os eclipses solares totais.
Todas as regiões do Brasil verão o eclipse solar
O último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi observável do Brasil. Depois deste de outubro somente em 6 de fevereiro de 2028 haverá um outro do tipo que será visível por aqui.
Desta vez, a região de abrangência na faixa de totalidade recairá sobre os oceanos Pacífico e Atlântico. Em consequência, uma vasta região das Américas terá visibilidade das fases de anularidade total e parcial – que é o caso aqui no Brasil.
Natal (RN) e João Pessoa (PB) são as duas capitais brasileiras que contemplarão o eclipse em sua maior magnitude – 0,953 e 0,949, respectivamente. Em ambos os locais, o evento começa por volta das 15h30 até quase 16h50, com duração da anularidade máxima em torno de 3,5 min.
O eclipse será parcial nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Em São Paulo, a magnitude máxima será de 0,488, às 16h49 min.