É comum o nariz escorrer quando o tempo esfria, e isso pode ser resultado da produção de muco para aquecer e umedecer o ar frio. Saiba mais sobre esse fenômeno e os perigos do uso excessivo de descongestionantes nasais.
Com a chegada de uma frente fria nas regiões Sul e Sudeste, muitos experimentam o nariz escorrendo devido à mudança repentina de temperatura.
Mas, na maioria dos casos, esse não é um sinal de doença. Na verdade, quando o nariz produz mais muco, isso ocorre como uma resposta natural para aquecer e umedecer o ar seco e frio que entra pelas narinas. Além disso, o muco também atua como uma barreira protetora contra infecções por vírus, bactérias ou fungos.
Entretanto, essa resposta do organismo pode ser mais intensa em pessoas que sofrem de condições como sinusite e rinite. Portanto, o fato de seu nariz estar escorrendo não significa necessariamente que você esteja doente e precise de medicamentos.
Quando a coriza sinaliza problemas?
É fundamental saber identificar quando a coriza (corrimento nasal) pode indicar um problema real que exige tratamento. A coriza normal é geralmente translúcida e ligeiramente viscosa, semelhante à clara de ovo. Quando a coriza se acumula, ela pode sofrer oxidação, tornando-se mais esverdeada, mas isso não necessariamente indica uma infecção bacteriana.
Por outro lado, se houver um agente infeccioso, como uma bactéria ou vírus, a coriza pode mudar em consistência, tornando-se mais viscosa, e em coloração, apresentando tons que variam de amarelo esverdeado a acinzentado. Nesses casos, a intervenção médica pode ser necessária, com o uso de descongestionantes e antialérgicos prescritos por um profissional de saúde.
É importante observar que o nariz entupido também pode ser causado por problemas anatômicos, como desvio do septo ou a presença de pólipos nas narinas.
Descongestionantes e os riscos do seu uso excessivo:
Os descongestionantes nasais, se usados em excesso, podem causar efeitos colaterais indesejados, afetando o sistema cardiovascular, com aumento da pressão arterial e taquicardia, além de impactar o sistema nervoso, provocando náuseas, insônia, tontura e dor de cabeça. O uso indiscriminado desses medicamentos é a terceira principal causa de problemas devido a efeitos colaterais e uso incorreto de remédios, ficando atrás apenas dos efeitos causados por anti-inflamatórios e analgésicos.
A dependência de descongestionantes é uma preocupação real, e aqueles que abusam desses medicamentos podem acabar mantendo frascos em todos os lugares e enfrentando dificuldades para dormir quando não os utilizam. Para superar essa dependência, diluir gradualmente o descongestionante em soro fisiológico é uma estratégia recomendada.
Portanto, ao enfrentar o nariz escorrendo devido ao frio ou mudanças climáticas, lembre-se de que isso é uma resposta natural do corpo. Em caso de dúvida ou quando a coriza apresentar características preocupantes, é aconselhável consultar um médico para obter orientação adequada. O uso de descongestionantes deve ser feito com moderação e sob supervisão profissional para evitar efeitos colaterais prejudiciais e a possível dependência desses medicamentos.
