O Prêmio Nobel de Medicina, concedido nesta segunda-feira, 2 de outubro, reconheceu Katalin Karikó e Drew Weissman por seus estudos. Estes que permitiram o desenvolvimento de vacinas eficazes contra a COVID-19. Além do reconhecimento mundial, o prêmio inclui uma premiação de 11 milhões de coroas suecas, cerca de R$ 5 milhões.
Katalin Karikó, nascida na Hungria em 1955, especializou-se em bioquímica e atua na BioNTech e na Universidade da Pensilvânia, nos EUA. Weissman, pesquisador norte-americano, concentrou-se em imunologia e microbiologia durante sua formação, também colaborando com a Universidade da Pensilvânia. Juntos, eles modificaram o mRNA, possibilitando o desenvolvimento das vacinas contra a COVID-19.
A princípio, o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2023 destacou as descobertas de Karikó e Weissman sobre modificações de bases de nucleosídeos, fundamentais para as vacinas de mRNA. Essas inovações revolucionaram a compreensão do mRNA e seu papel no corpo humano.
O mRNA age como um mensageiro genético, transferindo informações do DNA nuclear para os ribossomos no citoplasma celular, onde ocorre a síntese de proteínas. Assim as modificações desenvolvidas por Karikó e Weissman tornaram o mRNA menos inflamatório, uma descoberta feita em 1997 e crucial para as vacinas contra a COVID-19.
Apesar dos desafios, como o ceticismo acadêmico e obstáculos profissionais, Karikó perseverou, enfrentando até a ameaça de deportação nos EUA, onde conduziu sua pesquisa pioneira.
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O Prêmio Nobel de Medicina é uma honraria prestigiosa que reconheceu cientistas notáveis como Alexander Fleming e Karl Landsteiner em anos anteriores. Sobretudo cinco outros laureados serão anunciados em breve nas categorias de Física, Química, Literatura, Paz e Economia.
A cerimônia de entrega dos prêmios ocorrerá em Estocolmo. No dia 10 de dezembro, coincidindo com o aniversário de Alfred Nobel, que portanto instituiu os Prêmios Nobel em seu testamento.
A homenagem destaca não apenas o trabalho excepcional de Katalin Karikó e Drew Weissman, mas também o poder da ciência e da pesquisa em momentos críticos, como a pandemia de COVID-19.