Nesta terça-feira, 3 de outubro, trabalhadores do transporte público e saneamento em São Paulo iniciaram uma greve em protesto contra as privatizações. Quatro linhas do metrô e três linhas de trem foram paralisadas, afetando consideravelmente o funcionamento dos serviços de transporte em todo o estado.
Os ônibus municipais e intermunicipais continuam operando normalmente, com a SPTrans expandindo itinerários em cerca de 20 linhas para atender áreas de grande movimentação de comércio e serviços.
Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, enfatizou a pauta do movimento, que inclui o cancelamento dos processos de terceirização e privatização no Metrô, assim na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Os trabalhadores também pedem um plebiscito oficial sobre a privatização dessas empresas públicas.
O governo estadual considerou a greve ilegal e abusiva, bem como afirmando que os sindicatos a utilizam para fins políticos e ideológicos. O governador Tarcísio de Freitas dará uma coletiva de imprensa às 7h para abordar a situação.
Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) proibiu a greve total dos trabalhadores do Metrô. Assim a determinação estabelece a circulação de 100% dos trens nos horários de pico e 80% nos demais períodos, sob pena de multa de R$ 500 mil. O TRT também proibiu a liberação das catracas, medida solicitada pelos trabalhadores.
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O governo estadual espera o cumprimento das decisões judiciais para garantir os direitos da população. Portanto a liminar do TRT também se estendeu à CPTM, estabelecendo que os trens devem operar com 100% do efetivo nos horários de pico e 80% nos demais períodos.
Para minimizar os impactos, a prefeitura de São Paulo decretou ponto facultativo nos serviços municipais e suspendeu o rodízio de veículos. Escolas, creches, unidades de saúde, segurança urbana, assistência social e serviços funerários, mas permanecem em funcionamento.
Por fim o governo de São Paulo também determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais na capital, com exceção da segurança pública. Restaurantes e postos móveis do programa Bom Prato continuarão operando normalmente. A greve afeta uma ampla gama de setores e tem um impacto significativo em todo o estado de São Paulo.