Após extensa investigação, a Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre o trágico acidente aéreo que vitimou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas em Caratinga, Minas Gerais.
Os resultados apontam diretamente para os pilotos como os responsáveis pela queda da aeronave. Durante uma coletiva de imprensa, realizada na quarta-feira (4), os delegados à frente do caso detalharam as conclusões.
Eliminando três cenários iniciais – falha mecânica, mal súbito e atentado -, a investigação concentrou-se na análise da manobra durante a aterrissagem no Aeroporto de Caratinga.
A hipótese de falha mecânica foi descartado com base no relatório do Cenipa, divulgado em maio. Que não apontou problemas na aeronave, mas sugeriu uma possível “avaliação inadequada” por parte do piloto.
O laudo do IML também refutou a possibilidade de mal súbito ou influência de substâncias no piloto. A investigação descartou igualmente o mistério de um possível atentado.
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Entretanto, o advogado que representa a família do piloto Geraldo Martins de Medeiros contestou as conclusões da polícia, atribuindo a culpa à Cemig.
Segundo ele, a Cemig instalou uma rede de alta tensão no caminho de aterrissagem, na altitude do tráfego padrão de 1000 pés, sem a devida Carta Visual de Aproximação.
Ele salientou que a Cemig só sinalizou a linha em setembro de 2023, após recomendação do Cenipa, e o Decea elevou a altitude do tráfego padrão para 1350 pés.
O advogado afirmou que, se tomadas antes, essas medidas poderiam ter evitado o acidente.
Até o momento, a Cemig não emitiu uma resposta oficial às alegações do advogado.
Resumindo, a Polícia Civil de Minas Gerais encerrou a investigação sobre o acidente de Marília Mendonça, responsabilizando os pilotos. Enquanto isso, o debate sobre a responsabilidade da Cemig continua.