Além de escritor, o Capivariano Almir Pazzianotto Pinto é advogado tem um forte legado na política brasileira. De 1974 a 1978, exerceu cargo de Deputado Estadual junto à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, pelo Movimento Democrático Brasileiro – MDB, sendo reeleito para os mandatos de 1979 a 1982 e de 1982 a 1986.
Em março de 1985, um ano antes de terminar seu mandato como deputado, foi nomeado Ministro de Estado do Trabalho.
Quem levou Almir Pazzianotto para o cargo foi o presidente eleito Tancredo Neves. Tancredo não chegou a assumir o cargo por problemas de saúde que o levaram à morte, e a presidência do Brasil foi ocupada pelo seu vice José Sarney, que manteve Pazzianotto à frente da pasta do Trabalho de 15 de março de 1985 até o final de setembro de 1988.
Como Ministro do Trabalho, Pazzianotto fez parte do grupo de ministros de Estado responsáveis pela implantação do Plano Cruzado, oportunidade em que contribuiu para a criação e implantação do seguro-desemprego.
Em setembro de 1988, após deixar o cargo de ministro, Pazzianotto ingressou na Justiça do Trabalho no cargo de Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Por lá, Dr. Almir exerceu os cargos de Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e Vice-Presidente do TST, chegando exercer a presidência do Tribunal entre 2000 a 2002.
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Atualmente se dedica à literatura, com nove livros escritos e dezenas de artigos publicados em revistas especializadas e jornais de grande circulação.
Seu 9º livro, intitulado “Greve – Grevismo na Nova República”, não comenta a lei, mas relata fatos. Abrange o período entre outubro de 1963 e fevereiro de 2002, quando o autor se aposentou na presidência do Tribunal Superior do Trabalho.
A obra sustenta a inutilidade da lei de greve, definida como ato de força destinado a subjugar o empregador adversário. Afirma que mais de 10 mil greves, durante o período que esteve à frente do Ministério do Trabalho, no governo José Sarney, contribuíram para o fracasso dos planos de combate à inflação, de estabilização da moeda e da retomada do crescimento.
Analisa, especialmente, as greves de 1978, 1979 e 1980, dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, conduzidas pelo presidente Lula. Como advogado, Secretário do Trabalho, Ministro do Trabalho, e Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, o autor participou de todos os grandes movimentos grevistas nesse longo período.
O lançamento do livro será no dia 19 de outubro, às 19h, na Livraria da Vila, Pátio Higienópolis.