A renomada historiadora de economia norte-americana, Claudia Goldin, conquistou o Prêmio Nobel de Economia de 2023. O anúncio da Academia Real Sueca de Ciências encerrou a temporada de prêmios deste ano, concedendo-lhe 11 milhões de coroas suecas (cerca de 999.137 dólares).
Goldin, uma das poucas mulheres laureadas nesse campo, destacou-se por seu estudo pioneiro sobre o mercado de trabalho feminino. Sua pesquisa detalhada trouxe à luz os rendimentos e a participação das mulheres no mercado de trabalho ao longo dos séculos. Ela também analisou as causas e as fontes das disparidades de gênero, contribuindo assim para uma compreensão mais profunda dessa questão.
O Prêmio Nobel de Economia, estabelecido em 1969 pelo banco central da Suécia, não fazia parte dos prêmios originais de Alfred Nobel. No entanto, ao longo dos anos, ele se tornou altamente respeitado, com laureados notáveis, como Friedrich August von Hayek, Milton Friedman e Paul Krugman.
No ano passado, economistas norte-americanos, incluindo o ex-presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, receberam o prêmio por suas pesquisas sobre regulação bancária e apoio a credores em dificuldades, visando evitar crises econômicas profundas, como a Grande Depressão dos anos 1930.
Historicamente, homens têm dominado o campo da Economia como a maioria dos laureados. Antes de Claudia Goldin, apenas duas mulheres haviam sido agraciadas: Elinor Ostrom, em 2009, e Esther Duflo, uma década depois. A vitória de Goldin é, portanto, um marco importante na busca pela igualdade de gênero nesse campo altamente competitivo.
Claudia Goldin, sem dúvida, deixou um legado duradouro na economia e na luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho. Seu trabalho continuará a inspirar futuras gerações de economistas e pesquisadores em todo o mundo.
Leia mais:
Prêmio Nobel de Literatura 2023 para o escritor Jon Fosse por obras inovadoras