Ataques ocorridos na segunda-feira (23) na zona oeste do Rio de Janeiro impactaram severamente a região. Com 35 ônibus e um trem incendiados após a morte de um miliciano em uma operação policial, o cenário se agravou. O comércio fechou, o transporte público parou, levando a congestionamentos em várias vias.
Catita Leal Cesario, moradora de Santa Cruz e trabalhadora na Escola Municipal Bertha Lutz, em Guaratiba, enfrentou dificuldades para garantir a segurança dos alunos. Ela e colegas decidiram voltar para casa a pé devido à paralisação do transporte público.
Os criminosos bloquearam diversas vias e levaram à paralisação de linhas do BRT operadas pela empresa pública Mobi-Rio, bem como ao fechamento de estações de trem pela concessionária Supervia. A ausência de policiamento exacerbou a sensação de insegurança.
Nas redes sociais, inúmeros relatos semelhantes inundaram a internet, documentando os desafios de locomoção. Muitos moradores foram forçados a utilizar transporte irregular, enfrentando preços exorbitantes, enquanto motoristas de aplicativos recusavam corridas.
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O Centro de Operações da Prefeitura informou que os incêndios afetaram bairros como Guaratiba, Paciência, Cosmos, Santa Cruz, Inhoaíba e Campo Grande, e novos ataques surgiram em outros locais. Aulas em várias escolas foram suspensas, e a UFRRJ assim optou por reagendar avaliações acadêmicas e realizar aulas remotas. A UFRJ, por sua vez, abonou a ausência de estudantes e servidores residentes nas áreas afetadas.
O governador Cláudio Castro admitiu a surpresa das forças de segurança e anunciou um plano de contingência para evitar novos ataques. Até o momento,há 12 suspeitos presos por envolvimento nos incêndios.
Por fim, o prefeito Eduardo Paes pediu uma resposta firme das forças policiais e instou o Governo do Estado e o Ministério da Justiça a tomar medidas para evitar futuros eventos semelhantes. Os moradores da zona oeste esperam por um retorno à normalidade, enquanto autoridades buscam garantir a segurança da região.