Os candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 neste domingo (5), precisarão esperar mais um pouco para conferir os gabaritos oficiais das provas objetivas. A divulgação ocorre até o dia 24 de novembro, de acordo com o Inep. Cerca de 2,8 milhões de candidatos fizeram as primeiras provas do exame nesse final de semana. O Enem terá a sua continuação no próximo domingo (12).
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Segundo o Inep, apenas após o fim da aplicação das provas é que será possível ter acesso ao gabarito oficial e aos cadernos de provas, na página do Inep. Já o resultado final sairá apenas no dia 16 de janeiro de 2024, conforme o edital do exame, na Página do Participante.
Nesse domingo, os estudantes fizeram as provas de linguagens e ciências humanas, além da redação. Agora, no dia 12, farão as provas objetivas de ciências da natureza e matemática. Utilizam as notas das provas para concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu); a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni); e a financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O Enem também pode ser usado para estudar no exterior.
Após a realização das provas, o consórcio aplicador do Enem recebe os malotes, e as equipes separam e digitalizam o cartão-resposta e a folha da redação de cada candidato. Todo o processo tem o monitoramento por câmeras de segurança em tempo integral. Serão corrigidas somente as respostas efetivamente marcadas no Cartão-Resposta, sem emendas ou rasuras, com caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente.
Mesmo com os gabaritos das provas em mãos, ainda não será possível saber qual foi a nota da prova. Isso porque o Enem utiliza como método de correção a chamada teoria de resposta ao item (TRI). As notas variam de acordo com os acertos e erros dos alunos em cada prova.
Correção:
O sistema é conhecido como método antichute. Na prova objetiva do Enem, a nota não tem o cálculo levando em conta somente o número de questões corretas. No entanto, também se considera a coerência das respostas do participante ao conjunto das questões que formam a prova. Em resumo, a expectativa esperado que um estudante que acerte questões muito difíceis, acerte também as muito fáceis.
Se isso não acontecer, o sistema pode entender que ele chutou e, por isso, pontuará menos nessa questão do que candidatos que tenham mantido certa coerência esperada. A recomendação de professores é, portanto, que os estudantes garantam as questões fáceis e médias das provas antes de dedicar mais tempo às difíceis, para assegurar a coerência.
Além disso, a TRI não tem um limite inferior ou superior padrão entre as áreas de conhecimento. Isso significa que as proficiências dos participantes não variam entre zero e mil. Os valores máximos e mínimos de cada prova dependerão das características dos itens selecionados.
No Enem, somente a prova de redação tem valor máximo, 1 mil. Essas provas são corrigidas por pessoas especializadas. Cada prova passa por dois corretores. Caso haja diferença de mais de 100 pontos em relação à nota total da prova ou de mais de 80 pontos em relação a alguma das competências, o texto passa, então, por um terceiro corretor. Se a diferença persistir, a prova tem a avaliação de uma banca composta por três professores, que atribuirá a nota final do participante.
Resultado:
As notas da redação só serão conhecidas em janeiro, na divulgação dos resultados individuais. Após a divulgação dos resultados, os participantes poderão ter acesso a correção detalhada da prova de redação. A vista da prova é apenas para fins pedagógicos, para que o participante tenha acesso aos erros cometidos. Não é possível entrar com recurso.