No noroeste paulista, Votuporanga se depara com o desafio do sorotipo 3 da dengue, ausente no estado há 15 anos. Este subtipo, também conhecido como DENV3, foi confirmado em quatro pacientes do sexo feminino, com idades de 5 a 46 anos, apresentando sintomas mais severos. A Secretaria de Saúde local confirmou as contaminações.
Esses casos estão concentrados em um bairro ao sul da cidade. As pacientes, com idades variadas, estão se recuperando em seus lares. Além disso as medidas de bloqueio, a Secretaria de Saúde realizou ações de pulverização para conter a disseminação do vírus.
O último boletim revela 876 casos confirmados de dengue, com 98 ainda sob investigação em Votuporanga. A secretária municipal de Saúde, Ivonete Félix, enfatiza a importância da cooperação cidadã na prevenção do mosquito transmissor.
Indagada sobre a situação, a Secretaria Estadual de Saúde monitora os casos e planeja discutir estratégias de combate na próxima semana. Especialistas em saúde se reunirão em São Paulo, em 27 de novembro, assim para debater o panorama epidemiológico e tecnologias inovadoras contra arboviroses.
Assim sendo o Ministério da Saúde identificou amostras do sorotipo 3 nos estados do Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, São Paulo e Roraima. Investigação epidemiológica mostrou que essas amostras eram de pacientes estrangeiros.
Um estudo recente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou a identificação do sorotipo 3 no Brasil após 15 anos, com casos em Roraima e no Paraná. Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia, além disso alerta para a possível volta de epidemias causadas por esse sorotipo nos próximos meses ou anos.
Por fim, este ressurgimento do sorotipo 3 da dengue destaca a necessidade de esforços coordenados e investimentos em ações preventivas para controlar a disseminação do vírus em Votuporanga e em todo o país.