No último sábado (9), ocorreu uma confraternização entre amigos e personalidades do Capivariano e do futebol regional dos anos 70, 80 e 90. O evento reúne muitas histórias, vivências e, principalmente, muita amizade.
Um dos organizadores da reunião é Ivan Machado, que jogou no Capivariano entre os anos de 1976 à 1983, de acordo com ele, a ideia do evento é reunir os amigos e relembrarem os bons momentos e seguir fortalecendo a amizade entre eles. “A nossa reunião é justamente para relembrarmos as “resenhas” de antigamente. Uma coisa que me deixa extremamente confortável é que o Capivariano fez parte da minha, mas esse pessoal aqui não são amigos do Capivariano, são amigos de vida”.
Além de Ivan, outros personagens conversaram com a Raízes FM, caso por exemplo, de Carlos Alberto, mais conhecido pelo público como “Saracura”, que atuou pela equipe de Capivari nos anos 80. De acordo com ele, esse apelido surgiu dos próprios companheiros de equipe na época, já que tinha as pernas finas e era muito rápido. Ele também descreveu o sentimento de ser convidado pelos amigos para essa reunião. “É um orgulho, um prazer estar aqui. Eu era menino e treinava com esse pessoal.” Saracura jogou até os anos 90 no Leão da Sorocabana. Nesse período, conquistou dois acessos e o título de 1984. Além disso, ele conclui, “Onde eu vou as pessoas lembram do Capivariano, eu acho que essa reunião é história e história não pode acabar”.
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Esta reunião também causou um “encontro de gerações”. Domingos Cancian Filho, nascido em 1968, era criança e, convidado por Ivan, entrava com os jogadores em campo nos anos 70, se tornando um “mascote” para o time. Além disso, foi assim que começou uma paixão por futebol, que fez com que ele seguisse carreira no início dos anos 80 no esporte. “Eu estava aqui fazendo um jogo, quando um olheiro do Palmeiras me viu, me deu um cartão e chamou para um teste no Parque Antártica. Lá eu jogava 15 minutos, depois tinha corte, eles falavam quem voltaria a treinar. Nessa peneira, passamos eu e Velloso. Depois eu estourei a idade e passei a ser emprestado, joguei no Capivariano, no Londrina…”, relembrou ele.
Por fim, Vavá Antonelli, que jogou por diversos clubes da região como do Bom Retiro, falou sobre a força e os tempos dourados do futebol regional. “Era espetacular o tanto de bom jogador bom que tinha aqui. Naquele tempo não tinham as escolinhas como se tem hoje, para jogar, tinha que ser bom mesmo.” Ele ainda comentou quando teve a oportunidade de jogar em Indaiatuba, no XV de Novembro, “eu vinha pra cá no fim de semana e não via a hora de chegar lá em Indaiatuba novamente para jogar bola. Eu trabalhava e jogava, eu realmente gostava de jogar bola”.
Em resumo, para esses, e muitos outros que lá estavam, o futebol deixa um legado de parceria, união, companheirismo e muita amizade. Pode-se afirmar que, de maneira unânime, o futebol deu a eles muito mais do que histórias conquistas e taças, deu a eles um time de amigos que entra em campo até hoje, e vai seguir jogando futebol até mesmo depois do apito final.