Num panorama recente de registros de nascimento no Brasil, dados revelam preferência consistente por nomes como Miguel, Helena e Gael. A Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) divulgou essas informações hoje (18/12).
Ao examinarmos o ranking dos 10 nomes mais registrados, Miguel assume a liderança com 25.584 registros, seguido por Helena (23.507) e Gael (22.822). Nomes bíblicos, sempre em alta, conservam posições notáveis.
Embora essas escolhas representem uma fração dos registros totais, indicando diversidade, é notável a ascensão da influência digital nas tendências. Gustavo Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil, destaca que influenciadores digitais têm substituído figuras de novelas e esportivas nos rankings.
Maria Alice, por exemplo, ganhou popularidade após escolha da influencer Virgínia Fonseca e do cantor Zé Felipe para a filha.
Os registros coletados pela Arpen-Brasil até 14 de dezembro de 2023 podem sofrer ajustes, mas Miguel mantém-se como o nome mais popular pelo quarto ano consecutivo. Enzo Gabriel, líder em 2019, perdeu relevância, segundo a Arpen.
Gael surpreendeu nos últimos quatro anos, saindo do fora do top 50 para a 10ª posição em 2020 e finalmente alcançando a 3ª em 2023. Maria Eduarda e Maria Clara saíram do top 10, cedendo espaço para Helena, Alice e Maria Alice.
Legislação permite alterações no nome até 15 dias após o registro, inclusive para bebês natimortos. Maiores de 18 anos podem solicitar a mudança no registro, sem justificativa, intervenção judicial ou no mesmo cartório.
Gustavo Fiscarelli destaca inovação: inclusão de sobrenomes familiares a qualquer momento, comprovação de vínculo necessária. Mudanças refletem influências digitais nas tendências de nomes de bebês no Brasil.