Um estudo chocante sobre a desigualdade de riqueza no Brasil ganhou divulgação, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça. Os resultados apontam que metade dos brasileiros mais pobres possuem apenas 2% da riqueza nacional.
O relatório destaca que a concentração de riqueza é ainda mais extrema ao observar que uma fração minúscula, apenas 0,01% da população, controla uma fatia impressionante de 27% dos ativos financeiros do país. Essa disparidade impressionante levanta sérias questões sobre a estrutura socioeconômica do Brasil.
Além da desigualdade econômica, o estudo ressalta a desigualdade racial. Segundo o documento, a renda média dos brancos é mais de 70% superior à renda da população negra, evidenciando um cenário preocupante de discriminação racial no acesso à riqueza.
Os especialistas que conduziram a pesquisa caracterizaram essa realidade como uma plutocracia, onde a propriedade de ações e participações reflete mais a influência de uma elite do que a participação democrática da sociedade como um todo. Além disso, a desigualdade de gênero também teve destaque, com a maioria esmagadora dos super-ricos sendo homens brancos.
Por fim, Kátia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil, expressou preocupação com esses resultados. Enfatizando que a desigualdade de renda e riqueza no Brasil está intrinsecamente ligada à desigualdade racial e de gênero. Essa análise lança luz sobre questões profundamente arraigadas na estrutura social e econômica do país. Assim estacando a necessidade urgente de políticas que abordem essas disparidades de maneira eficaz e justa.