A nova política industrial, lançada nesta segunda-feira (22), não teve boa recepção no mercado financeiro. O dólar aproximou-se de R$ 5 e fechou na maior cotação do ano. Além disso, em contrapartida, a bolsa de valores caiu quase 1% e atingiu o menor nível em 40 dias.
O dólar comercial encerrou a última segunda (22), com valor de venda a R$ 4,988, com alta de R$ 0,061 (+1,24%). A divisa iniciou o dia em leve alta, contudo, passou a disparar ainda durante a manhã, assim que o governo anunciou o programa Nova Indústria Brasil. Sendo assim, no momento de maior alta do dia, por volta das 13h45, alcançou R$ 4,99. Com este desempenho, a moeda norte-americana acumula alta de 2,78% em janeiro. Em resumo, somente nos últimos dez dias o dólar subiu 2,68%.
Além disso, o dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 126.602 pontos, apresentando um recuo de 0,81%. Dessa forma, o indicador está no menor nível desde 12 de dezembro e acumula queda de 5,65% em 2024. Há cerca de dez dias, o dólar começou a subir, e a bolsa a cair, por conta da expectativa de que o Banco Central norte-americano só comece a cortar os juros em maio. Taxas altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
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Nesta segunda-feira (22), no entanto, prevaleceram as preocupações com os efeitos da política industrial sobre as contas públicas. Isso porque o plano, que prevê R$ 300 bilhões em financiamentos e medidas como subsídios e incentivos tributários, trará dificuldades à equipe econômica em atingir a meta de zerar o déficit primário neste ano, como determina a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Por outro lado, no exterior, as principais bolsas subiram e o dólar encerrou o dia praticamente estável, com pequena alta em relação às principais moedas internacionais.