O ano novo ainda está no início, mas já com boa notícia para os brasileiros, que estão mais saudáveis ao reduzirem o consumo de tabaco, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nos últimos 13 anos, o consumo de cigarro caiu 35% no Brasil, que engrossa lista de 150 países que vêm tendo êxito na redução do tabagismo.
A OMS estima 1,25 bilhão de fumantes em todo mundo e até 2025, a meta global voluntária prevê a redução de 30% do uso do cigarro.
O cigarro mata mais de oito milhões de pessoas por ano em todo o mundo e é a principal causa evitável de câncer.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 443 pessoas morrem por dia no Brasil por doenças desencadeadas pelo cigarro. Apesar da redução no consumo, o número de fumantes ainda é alto por aqui.
Para Vinícius Conceição, oncologista clínico do Grupo SOnHe, o que também preocupa e muito é o número de pessoas impactadas pelo cigarro de forma passiva. Dos oito milhões de óbitos pelo cigarro, 1,2 milhão representa o número de não-fumantes ou fumantes passivos.
“A partir da redução no consumo de cigarro, a gente espera mais qualidade de vida também para os não-fumantes, que ficam menos expostos ao cigarro”, explica o médico.
A redução no consumo de cigarro no Brasil impacta a qualidade de vida dos brasileiros como um todo. Débora Curi, oncologista clínica do Grupo SOnHe, explica que o aumento da expectativa de vida dos brasileiros também aumenta o risco do desenvolvimento do câncer.
“Por isso, quanto menor o consumo de cigarro, mais qualidade de vida a longo prazo”, reforça.
O cigarro é a principal causa de câncer entre as pessoas e segundo o INCA, é responsável direto por cerca de 13 tipos, como câncer de pulmão, traqueia, pescoço, boca, laringe, esôfago, rim, fígado, pâncreas, bexiga, colorretal, colo do útero, leucemia mieloide aguda.
Vinícius Conceição reforça que a redução no consumo do cigarro no Brasil nos últimos 13 anos é uma mudança de hábito expressiva entre os brasileiros e pode indicar uma redução no surgimento de diversos tipos de câncer, garantindo ainda mais qualidade de vida à população que está envelhecendo.
“Essa mudança de hábito também precisa resvalar na conscientização sobre a rotina de atividade de física. Com a população envelhecendo, os hábitos saudáveis são cada vez mais necessários a todos”, pontua Vinícius.
Fonte: Terra