Uma confusão envolvendo a Guarda Civil Metropolitana e foliões foi registrada na tarde de domingo (11) no entorno da praça Olavo Bilac, bairro Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram guardas civis atirando com bala de borracha e jogando spray de pimenta em um grupo de foliões. Uma mulher aparece sentada com ferimento em um dos pés nas imagens.
Alnilam Orga Marroquin, de 27 anos, relatou ao G1 que estava no bloco Prato do Dia quando os guardas chegaram e fizeram uma formação de escudo com a equipe de limpeza por volta das 17h. Em seguida, os agentes agiram com violência para dispersar os foliões. “A GCM fez um paredão com escudos, com a equipe de limpeza atrás. Vieram pela avenida Angélica e a multidão já começou a dispersar. GCM chegou com formação de ataque, o que fez com que as pessoas fossem se afastando naturalmente. Guardas usavam o spray de pimenta no ar, ameaçando quem se aproximasse”, disse.
Segundo Alnilam, os foliões foram dispersados em cerca de 15 minutos. “Uma rua que não é movimentada, tradicionalmente recebe o carnaval da Barra Funda, não havia a menor necessidade desse uso de violência ou dessa urgência para dispersar. GCM chegou para o conflito, causando ferimentos nos foliões que estavam de boa curtindo o carnaval”.
Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana informou que uma equipe da Guarda Civil Metropolitana realizava a proteção de agentes da subprefeitura na fiscalização do comércio ambulante irregular. “No momento em que eram realizadas apreensões, diversas pessoas partiram em direção aos agentes. Houve a necessidade do emprego de equipamentos de menor potencial ofensivo. Um GCM ficou ferido no braço e foi socorrido ao Pronto-Socorro da Santa Casa, onde foi medicado. Ninguém foi detido”, diz a pasta.
A secretaria ainda ressaltou que a “GCM não compactua com irregularidades e que apura rigorosamente todas as denúncias e, caso constatadas ações irregulares, serão aplicadas as sanções previstas, junto a Corregedoria Geral da GCM”.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que não foi localizado nenhum registro do caso mencionado até o momento.