Um satélite da Agência Espacial Europeia deve entrar novamente e queimar na atmosfera da Terra na manhã de quarta-feira (21). O Escritório de Detritos Espaciais da Agência Espacial Europeia (ESA), juntamente com uma rede de vigilância internacional, está monitorando o satélite de observação da Terra ERS-2, que está previsto para fazer cair na Terra no período da manhã, com uma margem de erro de 15 horas.
“Como a reentrada da espaçonave é ‘natural’, sem a possibilidade de realizar manobras, é impossível saber exatamente onde e quando ela irá reentrar na atmosfera e começar a queimar”, disse o comunicado da agência. No entanto, o momento exato da reentrada do satélite permanece desconhecido devido à imprevisibilidade da atividade solar, que pode alterar a densidade da atmosfera da Terra e como a atmosfera atrai o satélite. Anteriormente, esse aumento da atividade do sol já teve um impacto na aceleração da reentrada do satélite Aeolus, da ESA em julho de 2023.
A cerca de 80 quilômetros acima da superfície da Terra, a expectativa é de que o satélite se quebre e a maioria dos fragmentos queime na atmosfera. A agência disse que alguns fragmentos podem chegar à superfície do planeta, porém não conterão substâncias nocivas e provavelmente cairão no oceano.
O satélite de observação da Terra ERS-2 foi lançado pela primeira vez em 21 de abril de 1995. Para a época, foi o equipamento mais sofisticado do gênero na época com desenvolvimento da Europa. Junto com o seu gêmeo, o ERS-1, o satélite recolheu dados sobre as calotas polares, oceanos e superfícies terrestres do planeta. Além disso também foi capaz de observar desastres como inundações e terremotos em áreas remotas. Os dados do ERS-2 ainda são úteis para pesquisa nos dias atuais, segundo a agência.
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Em 2011, a agência decidiu encerrar as operações do satélite e retirá-lo de órbita, em vez de aumentar o lixo espacial que orbita o planeta. O satélite executou 66 manobras de desorbitação em julho e agosto de 2011, antes da missão ser oficialmente concluída no final daquele ano, em 11 de setembro. As manobras consumiram o resto do combustível do satélite e diminuíram sua altitude. Dessa forma, colocando a órbita do ERS-2 em uma trajetória lenta e mais perto da Terra para reentrar na atmosfera.