As três maiores cidades da região de Piracicaba (SP) tiveram em 2023 o consumo de água por habitante bem acima da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). O levantamento mostra que em dois dos municípios o consumo, que já era alto, subiu ainda mais no ano passado.
De acordo com a OMS, cada pessoa precisa de cerca de 110 litros de água por dia para atender às necessidades de consumo e higiene. No entanto, este consumo em Piracicaba, Limeira ou Santa Bárbara d’Oeste está bem maior que tal indicação.
Em Piracicaba, segundo dados do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae), o consumo em 2023 foi de cerca de 150 litros por habitante, por dia. Anteriormente, em 2022, a quantidade era de 156 litros/dia. Além disso, o Semae também informou que a situação da cidade em janeiro de 2024 foi ainda pior do que a média do ano todo em 2023. Dessa forma, chegando a 175 litros de água por dia para cada habitante.
Enquanto isso, em Limeira, segunda maior cidade da região, o consumo é ainda maior, chegando a ser 79% acima da recomendação da OMS. Em 2022 eram 189,93 litros/dia. Este número que saltou para 197,36 em 2023. Em Santa Bárbara d’Oeste o consumo também está acima do recomendado. Em média, cada morador consumiu 180,61 litros de água por dia em 2023. Anteriormente, em 2022, foram 176,61 litros/dia.
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De acordo com a gerente técnica e coordenadora do Programa de Educação Ambiental do Consórcio das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), Andrea Borges, o consumo de água na região chegou a cair muito no período da crise hídrica entre 2014 e 2015, por conta de campanhas e rodízios. “Só que depois que passou a crise teve um aumento, começou a aumentar de novo o consumo de água”, lamentou.
Além disso, ela também explica que o consumo elevado é especialmente prejudicial na região de Piracicaba, porque a quantidade de água disponível é menor do que a média do estado e equivale a alguns países do Oriente Médio, em que a seca é um problema até mais evidente.