A tragédia se abateu sobre a família de Elisângela Oliveira, uma mulher de 33 anos, que faleceu após sofrer queimaduras graves ao fritar um ovo em sua casa, localizada em Limeira, interior de São Paulo. O caso, ocorrido recentemente, levantou um alerta sobre os perigos de misturar água fria e óleo quente na cozinha.
Elisângela quebrou o ovo em um copo contendo água e, inadvertidamente, despejou o conteúdo na frigideira com óleo já aquecido. A ação resultou em uma explosão, fazendo com que o fogo subisse instantaneamente. Ela foi internada em estado grave, com graves queimaduras, mas infelizmente não resistiu após dez dias de internação.
O perito criminal e engenheiro químico Gustavo Pinheiro explicou que a explosão ocorreu devido à presença dos três elementos do chamado “triângulo do fogo”: calor, comburente e combustível. Em uma panela com óleo fervendo no fogão, esses elementos estavam presentes, o que causou a reação perigosa.
Ao jogar água fria em óleo quente, ocorre uma reação instantânea e perigosa, conhecida como “reação de flash”. A água se transforma rapidamente em vapor, expandindo-se e carregando gotículas de óleo para fora da panela. Esse vapor, ao entrar em contato com uma fonte de ignição, como a chama do fogão, pode causar um incêndio repentino e potencialmente perigoso.
O perito também alertou que a molécula de água (H2O), ao ser decomposta nesse processo, libera hidrogênio, que também pode contribuir para intensificar o risco de incêndio, pois serve como combustível para a chama. A tragédia serve como um alerta para a importância de tomar precauções ao lidar com óleo quente na cozinha, evitando misturá-lo com água ou qualquer outro líquido.