O volume de cocaína apreendido no Aeroporto Internacional de Viracopos, de janeiro até o início de março deste ano, já atingiu 40% do total de 2023 inteiro, segundo o delegado chefe da Polícia Federal (PF) em Campinas (SP), Edson Geraldo de Souza. Em uma operação realizada nesta quinta-feira (7), a corporação fez uma ação contra o tráfico internacional de drogas a partir do terminal.
A intensificação da fiscalização resultou em 55 presos e 261 kg de droga apreendidos no ano passado, com um flagrante a cada sete dias. Em 2024, o número baixou para um a cada cinco dias.
“O Brasil precisa ser respeitado, os países precisam saber que o Brasil fiscaliza o que sai daqui, para que quem viaja seja respeitado”, disse o delegado.
O planejamento da PF é instalar equipamentos que aumentem ainda mais a fiscalização dentro do aeroporto ainda no primeiro semestre.
Na operação desta quinta-feira, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas, em Rio Claro (SP) e Taboão da Serra (SP).
Os suspeitos são quatro homens e duas mulheres, e os mandados foram cumpridos em endereços residenciais relacionados a eles. Uma empresa de fachada de Santa Luzia, no Maranhão, também é investigada. A companhia não tem sede física. Com o casal de Rio Claro, a polícia apreendeu celulares, munições e carregadores de fuzil.
A investigação começou em maio do ano passado, a partir da prisão de um homem de 25 anos que tentou embarcar para Lisboa, em Portugal, com 11 kg de cocaína dentro da mala. A droga tinha a inscrição “CR7”, em referência ao jogador português Cristiano Ronaldo.
Pelo menos 12 viagens foram realizadas por pessoas aliciadas pelo grupo investigado. A operação recebeu o nome de “Atalaia”, que significa “Torre de Vigia”, em alusão à atividade de fiscalização da Polícia Federal no Aeroporto de Viracopos.