A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) divulgou um alerta sobre o risco aumentado de mulheres com câncer de mama, especialmente as em tratamento oncológico, desenvolverem quadros graves de dengue. Segundo a SBM, a imunidade dessas pacientes tende a ser mais baixa, o que as coloca em maior vulnerabilidade à doença.
O mastologista André Mattar, tesoureiro adjunto e membro do Departamento de Tratamento Sistêmico da SBM, explicou que a epidemia de dengue no Brasil é motivo de grande preocupação para as pacientes em tratamento de câncer de mama. Ele destacou que tanto a quimioterapia quanto a radioterapia afetam o sistema imunológico, tornando o quadro de dengue mais grave nessas mulheres.
O tratamento para dengue em pacientes com câncer de mama é semelhante ao de outros pacientes, com foco em aliviar os sintomas, hidratação adequada e repouso. No entanto, é necessário um cuidado redobrado devido ao impacto que a dengue pode ter no fígado, especialmente em pacientes submetidas à quimioterapia, que já apresentam um fígado mais fragilizado.
A prevenção da dengue em pacientes com câncer de mama inclui medidas como a eliminação de focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti e o uso de repelentes. No entanto, é importante ressaltar que a vacina da dengue é contraindicada para pessoas imunossuprimidas, como as em tratamento quimioterápico ou radioterápico. O mastologista recomenda que essas pacientes esperem seis meses após o fim do tratamento para se vacinarem contra a dengue.
O alerta da SBM ressalta a importância de cuidados especiais para as mulheres com câncer de mama durante o período de epidemia de dengue, visando garantir a saúde e a segurança dessas pacientes.