Uma mensagem falsa tem circulado, informando que a Vigilância Sanitária recomenda que as pessoas despejem cloro nos ralos de suas residências duas vezes por semana para evitar a proliferação do mosquito da dengue, o Aedes aegypti. No entanto, o Ministério da Saúde esclarece que se trata de um comunicado falso.
A medida não é eficaz, pois os ralos das residências não são locais que acumulam água pelo tempo necessário para o desenvolvimento do mosquito. Segundo o subsecretário de Vigilância e Saúde do DF, Divino Valero Martins, “para que uma larva se transforme em um mosquito, são necessários pelo menos seis dias em água parada. O ralo é um local de água corrente, não representa potencial foco”.
Os possíveis criadouros do Aedes aegypti são locais onde a água pode ficar parada, como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso ou manutenção e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas. Para prevenir a dengue, é importante fazer uma varredura em casa e eliminar os possíveis criadouros. Em relação às plantas, uma solução possível é trocar a água do vaso toda semana ou colocar bastante terra, de modo que fique enlameado.
Outras medidas importantes para prevenir a dengue incluem usar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, usar repelentes e inseticidas conforme as instruções do rótulo e instalar mosquiteiros em leitos de pessoas que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.
No Distrito Federal, até o início de junho, foram registradas 26 mortes por dengue e cerca de 24 mil casos da doença. A população deve estar atenta às informações corretas sobre prevenção e combate à dengue, evitando compartilhar mensagens falsas que possam confundir e prejudicar a saúde pública.