O consumo de energia elétrica no Brasil teve um aumento significativo em fevereiro deste ano, comparado ao mesmo período do ano anterior. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o crescimento foi de 5,7%, impulsionado principalmente pelo calor intenso registrado no mês, que aumentou o uso de equipamentos como ventiladores e ar-condicionado.
Além do clima, o desempenho positivo de alguns setores da economia também contribuiu para o aumento no consumo. Setores como bebidas, comércio e madeira, papel e celulose registraram as maiores taxas de crescimento de consumo, devido à alta na produção.
No comércio, o calor influenciou o aumento no consumo, com a intensificação do uso de equipamentos de refrigeração em shoppings, hipermercados e supermercados. A entrada de mais empresas no mercado livre de energia também foi um fator relevante. Desde janeiro deste ano, empresas com contas de luz em torno de R$ 10 mil podem negociar seus contratos com fornecedores no mercado livre, sem a obrigação de comprar da distribuidora local.
Dos 73,5 mil megawatts médios (MWm) consumidos no mês, 63,4% vieram do mercado regulado, que são os consumidores obrigados a comprar da distribuidora local, como os residenciais. Os outros 36,6% vieram do mercado livre.
Quase todos os estados conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) registraram aumento no consumo, com exceção da Bahia, que teve uma redução de 1%, e do Distrito Federal, com uma redução de 2,8%. Os estados com maior crescimento de consumo foram o Amazonas (28,4%), Acre (16,9%) e Mato Grosso do Sul (14,4%).