A partir desta sexta-feira (10), os residentes de São Paulo sentirão o impacto do reajuste de 6,4% na conta de água, conforme anunciado pela Sabesp em abril e aprovado pela Arsesp.
A medida, que afeta 33 cidades do Vale e região, foi autorizada com a divulgação de uma nota técnica da Sabesp, com tabelas tarifárias publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
Privatização e Controvérsias
O reajuste acontece em meio ao processo de privatização da companhia. O Projeto de Lei que propôs a privatização foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em dezembro de 2023 e sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no mesmo mês.
Contudo, o projeto também precisava ser aprovado pela Câmara dos Vereadores de São Paulo, maior cidade atendida pela companhia.
O PL foi aprovado em segunda e polêmica votação no dia 2 de maio. A votação chegou a ser anulada pela Justiça devido a irregularidades no processo, mas posteriormente a liminar foi derrubada pela Câmara.
Sobre a Sabesp
Atualmente, metade das ações da Sabesp está sob controle privado, sendo negociada em bolsas de valores do Brasil e dos Estados Unidos.
O governo de São Paulo é o acionista majoritário, detendo 50,3% do controle da empresa. O projeto de privatização prevê a venda da maior parte dessas ações, mantendo o governo poder de veto em algumas decisões.
Em 2022, a empresa registrou lucro de R$ 3,1 bilhões, destinando parte desse montante para dividendos aos acionistas e investimentos. Atendendo 375 municípios com 28 milhões de clientes, o valor de mercado da Sabesp chegou a R$ 39,1 bilhões em 2022.