O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirmou nesta quarta-feira (13) o fim do El Niño, fenômeno climático que influenciou as temperaturas em todo o país nos últimos meses. Com o término, os especialistas agora direcionam suas atenções para a possível transição para o La Niña, prevista para setembro.
De acordo com o boletim conjunto divulgado pelo Inmet, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Agência Nacional de Águas (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o oceano Pacífico equatorial apresenta temperaturas próximas da média climatológica, indicando a neutralidade do fenômeno.
O El Niño, que começou em junho de 2023, foi um dos mais intensos já registrados, trazendo consigo uma série de impactos em todo o território nacional. Agora, com o enfraquecimento gradual do fenômeno desde fevereiro deste ano, os especialistas se preparam para a transição para o La Niña, que pode se estabelecer nos próximos meses.
O La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas do oceano Pacífico, tem efeitos inversos ao El Niño e pode trazer mudanças significativas no clima brasileiro. Entre os possíveis impactos estão o aumento das chuvas no Norte e Nordeste, tempo mais seco no Centro-Sul, e a possibilidade de entrada de massas de ar frio, gerando variações térmicas em diferentes regiões do país.
Enquanto isso, o inverno de 2024 se aproxima oficialmente, trazendo a expectativa de temperaturas acima da média para grande parte do país. Apesar disso, os meteorologistas alertam para a possibilidade de períodos de frio ao longo da estação, com destaque para o final do inverno, que pode registrar novas ondas de calor.
Segundo Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, embora o frio seja esperado, os períodos de temperaturas elevadas predominarão, especialmente entre agosto e setembro. O inverno será marcado por um equilíbrio entre temperaturas mais altas e mais baixas, sem extremos de frio ou calor, mas com uma tendência para dias mais quentes que o normal.