Na última segunda-feira (5), o brasileiro Gabriel Medina enfrentou um cenário adverso durante a competição de surfe masculino em Teahupo’o, praia sede das provas dos Jogos Olímpicos de Paris. Enquanto tentava garantir uma vaga na final, Medina encontrou um mar calmo e sem ondas adequadas para a prática do esporte, o que resultou em uma semifinal frustrante onde ele perdeu para o australiano Jack Robinson.
Apesar das condições desafiadoras, Medina conseguiu garantir a medalha de bronze ao vencer a disputa subsequente. A ausência de ondas e as regras da competição geraram confusão e frustração entre os torcedores brasileiros, que reagiram com uma série de memes nas redes sociais (veja alguns ao fim deste texto).
Para entender melhor o fenômeno das ondas e os desafios enfrentados pelos surfistas, o g1 consultou João Thadeu de Menezes, doutor em oceanografia e presidente da Associação Brasileira de Oceanografia. Segundo Menezes, as ondas são formadas pela transferência de energia do vento para a superfície do oceano. Esse vento, que ocorre em alto-mar, é responsável pela geração das ondas, e sua intensidade e duração influenciam o tamanho das ondas formadas.
No caso específico de Medina, a falta de uma série consistente de ondas durante sua bateria contribuiu para a dificuldade em alcançar um bom desempenho. A competição também enfrentou adiamentos devido às condições desfavoráveis, com as provas sendo adiadas do sábado (3) para o domingo e, finalmente, para a segunda-feira (5).
Medina teve de lidar com as regras da competição, que não permitiram reinícios de bateria, mesmo quando nenhum atleta conseguiu pegar uma onda nos primeiros 10 minutos, regra que havia sido aplicada anteriormente pela World Surf League (WSL).
A conquista da medalha de bronze representa uma vitória significativa para o brasileiro, que enfrentou as adversidades naturais e os desafios da competição olímpica.