O início de agosto trouxe uma alta nos preços médios das carnes de frango e porco no Brasil, conforme indicam os dados mais recentes do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba.
No setor de carne de frango, os preços registraram um aumento de 1,10% em comparação com o final de julho. O preço médio do frango resfriado em São Paulo subiu de R$ 7,26 no dia 31 de julho para R$ 7,34 em 8 de agosto. Esse avanço é atribuído a uma demanda aquecida, impulsionada pelo recebimento de salários, o término das férias escolares e o Dia dos Pais, além de um saldo positivo nas exportações. Em julho, o Brasil exportou 463,6 mil toneladas de carne de frango, volume 6,4% superior ao de junho e 7,3% acima do registrado no mesmo mês do ano passado.
No mercado de carne suína, houve uma recuperação significativa após uma desaceleração nas negociações na última semana de julho. Os preços da carcaça de porco variaram entre R$ 11,68 e R$ 11,95 entre 2 e 8 de agosto. O Indicador Cepea/Esalq do quilo do suíno vivo também subiu, fechando em R$ 8,05 em São Paulo, uma alta de 1,77% no mês. Em outros estados, como Minas Gerais e Santa Catarina, os preços também mostraram valorização, com aumentos de até 1,75%.
No que diz respeito às exportações de carne suína, o Brasil alcançou um recorde histórico em julho, exportando 137,1 mil toneladas, 29,4% a mais que em junho e 31,5% acima do volume registrado em julho do ano passado.
No setor de carne bovina, o mercado continua firme, mas com um recuo mais acentuado na indústria paulista para evitar novos aumentos no preço da arroba. A abertura pontual de preços maiores tem ajudado a preencher escalas de produção e a aliviar a pressão de demanda, enquanto uma possível queda brusca na temperatura pode levar os pecuaristas a acelerar a venda de animais prontos, o que pode influenciar os preços nos próximos dias.
O Cepea observa que o cenário de preços variados e o desempenho nas exportações têm moldado o mercado de carnes, refletindo tanto a demanda interna quanto as oportunidades no mercado internacional.