Na abertura da SPArte, maior feira de arte da América Latina realizada em abril, na capital paulista, uma suposta tela de Tarsila do Amaral surgiu de uma mala no estande da galeria OMA, e levantou suspeitas. Demais galeristas afirmaram que a obra era falsa, entre eles, Jones Bergamin, da Bolsa de Arte, conhecido no meio como Peninha. Quatro meses depois, contudo, perícia científica concluiu que a tela é autêntica.
“Paisagem 1925” teve a autenticidade confirmada e certificada após perícia desenvolvida pelo novo Comitê do Projeto de Certificação e Catalogação da artista. O escândalo na SPArte tomou proporção nacional e internacional porque a tela não estava no catálogo raisonné de Tarsila, mas a ausência de uma pintura no documento não a qualifica como sendo falsa. Cerca de 400 obras de Candido Portinari, por exemplo, foram descobertas após a publicação do seu catálogo.
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A tela é datada de 1925, ano muito produtivo da pintora, quando Tarsila criou os quadros mais representativos da fase pau-brasil. A identificação do novo quadro é considerada extremamente valiosa, também, por agregar mais uma obra ao acervo da artista. Tarsila do Amaral, artista brasileira mais valorizada no mundo, não pintou tantas telas — cerca de 250 — mas fez muitos desenhos. Muitos deles não estão no catálogo e, por isso, são objetos de disputas judiciais.
Fonte: Metrópoles