Uma nova onda de calor deve se intensificar nos próximos dias, elevando as temperaturas em boa parte do Centro-Sul do Brasil. A partir da próxima segunda-feira, 2 de setembro, uma massa de ar quente e seco começará a se estabelecer no país, conforme prevê a Climatempo. A expectativa é de que essa onda de calor se prolongue, com temperaturas elevadas até a segunda quinzena de setembro.
De acordo com Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, estados como Mato Grosso, Rondônia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo devem registrar temperaturas próximas ou superiores a 40ºC. A intensidade do calor pode levar a recordes de temperatura para esta época do ano e à redução da umidade do ar para níveis de emergência, abaixo dos 12%, especialmente em áreas do sul de Mato Grosso e interior de São Paulo.
A Climatempo também alerta que a concentração de poluentes no ar pode aumentar significativamente devido ao tempo seco e à atmosfera estagnada, impactando negativamente a qualidade do ar.
O que é uma onda de calor? Uma onda de calor é caracterizada por temperaturas muito acima da média por um período prolongado. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno é definido quando a temperatura média aumenta 5ºC em relação à média mensal. Este fenômeno é comum na transição entre o inverno e a primavera, quando a insolação aumenta e a radiação solar intensifica o aquecimento do solo e do ar.
Ondas de Calor Mais Frequentes e Intensos As ondas de calor têm se tornado mais frequentes e intensas nos últimos anos, um reflexo das mudanças climáticas e do aumento da temperatura global. Em 2024, o Brasil já enfrentou três ondas de calor. Dados históricos indicam um aumento significativo no número de dias com temperaturas acima da média ao longo das décadas. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o país passou de uma média de 7 dias de calor atípico por ano entre 1961 e 1990 para mais de 50 dias anuais na última década.
Previsões e Expectativas Os meteorologistas esperam que a situação se normalize apenas a partir da segunda quinzena de setembro, quando as chances de chuvas começam a aumentar. Até lá, a recomendação é que a população se proteja do calor intenso e da baixa umidade, que pode trazer desconforto e riscos à saúde.